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As réplicas dos fósseis da maior floresta petrificada do mundo e os seus desdobramentos no processo de ensino e aprendizagem em educação patrimonial

Este trabalho tem por finalidade relatar o envolvimento dos alunos do Colégio Professor Ferraz em Araguaína (TO), ao propósito de pesquisar e analisar in loco (no local) o Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins (MNAFTO), a fim de criar réplicas dos fósseis do Período Permiano, 250 a 295 milhões de anos, a partir dos originais existentes nesta região. Os procedimentos destas ações buscaram integrar os membros das comunidades envolvidas no projeto ao objetivo de conhecer, preservar e utilizar o patrimônio comum como forma de promover o desenvolvimento cultural do território local. O intuito desta ação em educação patrimonial é informar e sensibilizar a comunidade escolar e demais pessoas envolvidas neste projeto quanto à importância e a necessidade de conhecer, preservar e proteger o Monumento Natural, bem como ajudar no combate ao extravio ilegal dos fósseis desta Unidade de Conservação, ainda considerada como a maior do mundo.

Palavras-Chave: Educação Patrimonial; Réplicas de Fósseis; Árvores Fossilizadas.

Aluno: Evandro Silva Carvalho

Polo: Alto Paraíso

Orientadora Acadêmica: Maria de Fatima França Rosa

Coordenadora de orientação: Vânia Dolores Estevam de Oliveira

Anexos

Imagem 18 - Fóssil A. Fonte: Evandro Silva Carvalho
Imagem 19 - Fóssil B. Fonte: Evandro Silva Carvalho
Imagem 20 - Fóssil C. Fonte: Evandro Silva Carvalho
Imagem 21 - Fóssil D. Fonte: Evandro Silva Carvalho
Imagem 22 - Fóssil E. Fonte: Evandro Silva Carvalho
Imagem 23 - Fóssil F. Fonte: Evandro Silva Carvalho
Imagem 24 - Fóssil G. Fonte: Evandro Silva Carvalho
Imagem 25 - Fóssil H. Fonte: Evandro Silva Carvalho
Imagem 26 - Fóssil I. Fonte: Evandro Silva Carvalho
Imagem 27 - Réplicas A. Fonte: Evandro Silva Carvalho
Imagem 28 - Réplicas B. Fonte: Evandro Silva Carvalho
Imagem 29 - Réplicas C. Fonte: Evandro Silva Carvalho
Imagem 30 - Réplica D. Fonte: Evandro Silva Carvalho
Imagem 31 - Réplica E. Fonte: Evandro Silva Carvalho
Imagem 32 - Réplica F. Fonte: Evandro Silva Carvalho
Imagem 33 - Réplica G. Fonte: Evandro Silva Carvalho
Imagem 34 - Réplica H. Fonte: Evandro Silva Carvalho

1. INTRODUÇÃO

O Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins (MNAFTO) é uma floresta petrificada localizada ao norte do Estado do Tocantins e indicado como o maior sítio paleontológico/arqueológico já catalogado no meio acadêmico (BRITO, et al, 2007). O Monumento “[...] abriga a mais completa floresta fossilizada do mundo. Esta floresta viveu no Período Permiano da Era Paleozóica, entre 250 e 295 milhões de anos” (MRS/OIKOS, 2005, p. 07). O atual território delimitado como área “protegida” pelo MNAFTO correspondia, desde o século XIX, a uma área de maior extensão territorial de concentração de estudos e pesquisas, esta denominada Bacia Sedimentar do Parnaíba . A maior concentração fossilífera da Bacia do Parnaíba, em ótimo estado de conservação, encontra-se localizada na região norte do Estado do Tocantins, no município de Filadélfia, próximo à divisa com o Estado do Maranhão, com maior incidência no distrito de Bielândia, aproximadamente 436km da capital Palmas. De acordo com os registros do Instituto Natureza do Tocantins - NATURATINS , o MNAFTO é a maior floresta fossilizada do mundo. Segundo Brito:

Uma era do período geológico, entre 250 e 295 milhões de anos, marcado pela extinção de 96% das espécies vivas do planeta Terra.

O registro sedimentar da Bacia do Parnaíba está restrito ao território brasileiro, ocupando uma área de 600 mil km2 da região Nordeste e Norte do Brasil nos Estados do Pará, Maranhão, Tocantins, Piauí, Ceará e Bahia. Porém, a bacia deve ter alcançado originalmente o noroeste da África (TAVARES, 2012, p. 16).

Órgão que executa a política estadual de meio ambiente do governo do Tocantins e também responsável pela administração do MNAFTO.

A Floresta Petrificada do Tocantins Setentrional (FPTS) - listada entre as 31 mais belas florestas fossilizadas da Terra é um desses tesouros da natureza, constituindo-se no mais exuberante e importante registro florístico tropical-subtropical permiano no hemisfério sul. Os mais notáveis fragmentos desta floresta deram origem à UC-MNAFTO (BRITO, et al., 2007, p. 02).

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A partir do momento em que nos deparamos com o MNAFTO e a relação que se estabelecia entre a Unidade de Conservação (UC), comunidades locais e cidades circunvizinhas, percebemos uma série de informações e questionamentos que se tornaram norteadores para o desenvolvimento deste projeto. Por que muita gente não sabia deste monumento? Por quais motivos algumas comunidades circunvizinhas não valorizavam esta UC? O que poderíamos fazer para que as pessoas o conhecessem e compreendessem o seu valor histórico cultural? Estes questionamentos nos levaram a entender que, apesar do MNAFTO se tornar uma área de conservação, não houve um trabalho de sensibilização da população local e nem das cidades circunvizinhas quanto à conscientização da importância do Monumento e da preservação do mesmo.   

Antes de se tornar MNAFTO esta área era alvo de depredação e de constantes retiradas de fósseis para serem comercializados via internet e em outros meios, com pesquisadores e colecionadores nos EUA e Europa. O “contrabando” era tanto que havia relatos de carradas de árvores petrificadas sendo retiradas e comercializadas por moradores locais e levadas por outras pessoas, cujas intenções eram econômicas.

As árvores fossilizadas representavam uma fonte de renda e, com a criação da UC e proibição da retirada dos fósseis, o valor pago pelo “contrabando” aumentou. Como não existe incentivo suficiente para sua conservação, alguns moradores aproveitam a oportunidade de venda e o patrimônio tocantinense se esvai com facilidade.

Nesse sentido, visamos, a partir da Educação Patrimonial , informar e sensibilizar o maior número de pessoas quanto à importância e a necessidade de conhecer, preservar e proteger o MNAFTO. Ou seja, esta ação de intervenção teve como fio condutor a necessidade de evitar os furtos, o contrabando e a falta de informação sobre as árvores fossilizadas existentes na região.

Este processo leva ao reforço da autoestima dos indivíduos e comunidades e à valorização da cultura brasileira, compreendida como múltipla e plural (HORTA, 1999, p. 06).

Contribuindo para esta finalidade, buscamos conscientizar os alunos do ensino médio do Colégio Professor Ferraz (uma unidade de ensino da rede particular de Araguaína (TO), cidade a 52 km da UC) quanto à necessidade de cuidar dos nossos bens naturais-culturais, antes que a ausência de informações abra espaço para o comércio das “árvores­-pedras”, que formam a nossa identidade. Na busca de encontrar propostas, sugestões e ideias, optamos pela adaptação dos procedimentos propostos pela pesquisa-ação participativa como base metodológica do projeto de intervenção, ou seja, aderimos a uma modalidade que inclui direta ou indiretamente todos os envolvidos no processo e pressupõe que os mesmos colaborem como participantes ativos nas transformações das práticas rotineiras de pesquisa-ação e nas propostas de resoluções aos problemas encontrados.

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Cabe ressaltar que desenvolvemos este projeto em um colégio particular de Araguaína devido à limitada existência de informação e conscientização da importância do MNAFTO para esta comunidade. Objetivamos, portanto, levar a comunidade escolar a ter o conhecimento da importância cultural, científica e econômica do Monumento enquanto patrimônio a ser preservado e divulgado.

Por meio de ações de Educação Patrimonial, entendida como uma conjuntura teórica e metodológica “[...] que possibilita ao indivíduo fazer leitura do mundo que o cerca, levando-o à compreensão do universo sociocultural e trajetória histórico-temporal em que está inserido” (HORTA, 1999, p. 06), faz-se necessário levar o maior número de pessoas a entender e preservar a biodiversidade do Cerrado e dos sítios de árvores fossilizadas, bem como salientar a necessidade de combater o contrabando ilegal destas árvores; espécies vegetais e minerais economicamente passíveis de explorações indevidas.

A Educação Patrimonial nos possibilitou experiências do contato direto com as evidências, as comunidades envolvidas na proposta do projeto, os resultados dos seus múltiplos aspectos, sentidos e significados, levando-nos a elevar o conhecimento, apropriação e valorização da UC como herança cultural. A esta intenção, associamos os mecanismos que viabilizem a conscientização “para melhor usufruto” do MNAFTO, propiciando ao mesmo tempo e a posteriori, produções de valores contínuos de criação e valorização cultural. (HORTA, 1999.)

A importância deste projeto de intervenção se dá, dentre outros fatores, pelo interesse em divulgar o MNAFTO como um bem importante para a sociedade local (Distrito de Bielândia) e cidades próximas, como Araguaína, em que raras pessoas têm o conhecimento deste patrimônio tão importante do ponto de vista científico, patrimonial e cultural do Estado. Levar a Educação Patrimonial ao interesse do grupo, como meio para atingir a consciência destes cidadãos, em especial os alunos do ensino médio do Colégio Professor Ferraz, despertará para a necessidade de preservar o monumento e parte da nossa história.

A abrangência desta proposta de intervenção tem como fio condutor evitar os furtos e contrabando das árvores fossilizadas por meio de conscientização da necessidade de combater a exploração ilegal das plantas-fósseis. Esclarecer a importância de preservar este bem está acima do discurso da ausência de verbas e incentivos fiscais por parte dos órgãos públicos.

É contraditório perceber que pessoas do exterior mais conhecem o nosso patrimônio do que os próprios moradores da UC e comunidades vizinhas ao Monumento. A população de Araguaína, por exemplo, na maioria das vezes, duvida da riqueza patrimonial e cultural que dispõe e, por ausência de informações e programas de controle e combate à exploração ilegal deste bem, não agrega valores identitários e, consequentemente, não se conscientiza da necessidade de preservar a sua própria cultura.

As ações em prol de divulgar e valorizar o MNAFTO, conscientizando alunos, dentre eles alguns filhos de proprietários de terras na UC, bem como toda a comunidade escolar, da responsabilidade de também cuidar para que esse bem seja preservado e não vendido, como acontecia e ainda acontece, é um dos principais benefícios que este projeto-ação buscou alcançar.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 OBJETIVO GERAL

Informar e sensibilizar o maior número de pessoas quanto à importância e a necessidade de conhecer, preservar e proteger o Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins (MNAFTO), bem como ajudar no combate ao extravio ilegal dos fósseis desta Unidade de Conservação.

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2.1.1 Objetivos Específicos

2.2 REFERENCIAL TEÓRICO

Os trabalhos disponíveis sobre o MNAFTO e a sua conjuntura enquanto campo e objeto de pesquisa já são explorados, porém, a maioria dos estudos realizados sobre esta UC é decorrente de campos específicos de pesquisa, como Paleontologia e Geologia. Pesquisadores que se dedicaram a analisar os fósseis, as estruturas sedimentares, o clima e relevo deste monumento, deixaram registros importantes em seus trabalhos, como é o caso de Tavares (2012) que expõe, sob a ótica da Paleontologia, as análises dos caules, raques e órgãos foliares de samambaias fossilizados do período Permiano, existentes no monumento. Segundo Tavares:

 Designação dada ao eixo central de estruturas biológicas ramificadas com plantas.

Os aspectos xeromórficos identificados nas folhas sugerem que os vegetais eram influenciados por condições relativamente secas e corroboram, em parte, as evidências sedimentares na Bacia do Parnaíba e as tendências paleoclimáticas globais. Por outro lado, a expressiva abundância de samambaias preservadas, seus portes significativos, as prováveis grandes frondes indicadas pelas raques, além dos próprios processos de sepultamento e de fossilização, indicam relativa disponibilidade de água, pelo menos em alguns períodos. Os vegetais provavelmente constituíam matas-galeria em amplas planícies fluviais, em condições sazonalmente úmidas, às vezes, com intensas tempestades (TAVARES, 2012, p. 183).

Outros pesquisadores já analisaram o MNAFTO sob a perspectiva da Geologia, como é o caso de Capretz, (2010), que investiga a vegetação dos fósseis “das margens dos principais canais fluviais e suas planícies de inundação” a partir de observações geológicas do Monumento. Dentre os informes desta pesquisa destaca-se que;

Entre Araguaína e Filadélfia, dentro da região delimitada do Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins (MNAFTO), em área de aproximadamente 800 km², três sítios fossilíferos principais expõem centenas de caules, algumas folhas e pecíolos permineralizados por sílica, em afloramentos atribuídos à Formação Motuca (Grupo Balsas) do Sul da Bacia do Parnaíba, de idade eopermiana e origem continental, predominantemente fluvial (CAPRETZ, 2010, p. 154).

Diversos trabalhos científicos foram direcionados ao MNAFTO e as áreas de estudos direcionados ao Monumento se restringiam, em sua maioria, a análises geológicas e paleontológicas, como já afirmamos anteriormente. Nesse sentido, desenvolvemos este projeto de intervenção com metodologias diferentes, buscando o conhecimento a partir do contato entre as evidências e as manifestações culturais nos seus múltiplos aspectos, ou seja, com o intuito de:

[...] levar as crianças e adultos a um processo ativo de conhecimento, apropriação e valorização de sua herança cultural, capacitando-os para melhor usufruto destes bens, e propiciando a geração e a produção de novos conhecimentos, num processo contínuo de criação cultural (HORTA, 2009, p. 06).

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Partindo deste princípio, optamos por uma abordagem teórica voltada para a Educação Patrimonial, entendida por Horta (2009), como um processo contínuo e sistemático de pesquisas e trabalhos, cujo foco central é uma educação voltada para o Patrimônio Cultural. Nesse sentido, integrar os membros das comunidades ao propósito de conhecer, preservar e utilizar o patrimônio comum como forma de promover o desenvolvimento do território local é o foco que a Educação Patrimonial nos oferece para melhor entender o MNAFTO.

Imagem 1 – MNAFTO - Afloramento Buritirana.
Fonte: Disponível em: <http://gesto.to.gov.br/uc/44/fotos/>. Acesso em: 21 jul. 2015.

A Educação Patrimonial como suporte teórico para o desenvolvimento deste projeto nos auxiliou no entendimento e relacionamento com o objeto de intervenção. Por outro lado, as ações desenvolvidas no decorrer do mesmo tiveram como suporte metodológico a pesquisa-ação, adaptadas ao processo de intervenção. Segundo Thiollent, a pesquisa-ação se configura como:

[...] um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo (THIOLLENT, 2007, p. 16).

Para desenvolver um trabalho em que pudéssemos intervir de forma coletiva e participativa na execução do mesmo, percebemos que o procedimento coerente a ser aplicado a esta proposta seria o embasamento teórico-metodológico da pesquisa-ação. Esta corrente metodológica baseia-se na construção de ações ou resoluções de problemas coletivos, sociais ou culturais em que tanto o estudioso/investigador quanto os participantes que representam ou estão inseridos na situação “problema” se envolvam de forma participativa ou de modo cooperativo na busca de propostas e resoluções práticas no desenvolver das ações.

A pesquisa-ação caracteriza-se pela construção coletiva dos envolvidos no projeto, o investigador e a comunidade estudada tem voz ativa e trabalham em conjunto, de forma empírica e colaborativa na proposta de resolução ao problema previsto. De acordo com a pesquisadora Maria Amélia S. Franco:

A pesquisa-ação crítica considera a voz do sujeito, sua perspectiva, seu sentido, mas não apenas para registro e posterior interpretação do pesquisador: a voz do sujeito fará parte da tessitura da metodologia da investigação. Nesse caso, a metodologia não se faz por meio das etapas de um método, mas se organiza pelas situações relevantes que emergem do processo. Daí a ênfase no caráter formativo dessa modalidade de pesquisa, pois o sujeito deve tomar consciência das transformações que vão ocorrendo em si próprio e no processo. É também por isso que tal metodologia assume o caráter emancipatório, pois mediante a participação consciente, os sujeitos da pesquisa passam a ter oportunidade de se libertar de mitos e preconceitos que organizam suas defesas à mudança e reorganizam a sua alto concepção de sujeitos históricos. (FRANCO, 2005, p. 486).

Nesse sentido, a pesquisa-ação crítica se tornou um método oportuno a ser aplicado como alternativa para indicar respostas e sugestões de ações para a divulgação e sensibilização da importância do MNAFTO para os alunos do Colégio Professor Ferraz. De acordo com Thiollent, “com a pesquisa-ação os pesquisadores pretendem desempenhar um papel ativo na própria realidade dos fatos observados” (THIOLLENT, 2007, p 18). Dessa forma, não se trata somente de fazer levantamentos dos dados obtidos sobre os problemas existentes no MNAFTO, mas, também, de envolver os alunos de forma participativa e coletiva na compreensão do mesmo como patrimônio a ser conhecido e preservado.

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2.3 METODOLOGIA

Optamos por elaborar uma proposta de intervenção que atingisse um quantitativo relevante de pessoas em prol da divulgação e sensibilização do MNAFTO, como elemento natural que compõe uma parte da cultura da região norte do Tocantins, em especial a cidade de Araguaína, por se localizar próximo ao monumento. Por tratar-se de uma UC cujas discussões se desenvolvem em torno de uma educação que também é ambiental, aderimos às indicações de autores que associam pesquisa-ação com educação ambiental. De acordo com algumas apreciações sob este tema, percebemos que:

[...] a metodologia de pesquisa-ação em Educação Ambiental está centrada em três “práticas” que se articulam entre si: a produção de conhecimento, ação educativa e a participação dos envolvidos, tomando, como ponto de partida, um problema existente e detectado pelas equipes. Nesta pesquisa os participantes deixam de ser objeto de estudos para serem pesquisadores e produtores de conhecimento de sua própria realidade (CERATI, LAZARINI, 2009, p. 386).

Segundo Thiollent, a pesquisa-ação é uma estratégia metodológica da pesquisa social, caracterizada pelos seguintes aspectos:

a) Há uma ampla e explicita interação entre pesquisadores e pessoas implicadas na situação investigada;

b) Desta interação resulta a ordem de prioridade dos problemas a serem pesquisados e das soluções a serem encaminhadas sob forma de ação concreta;

c) O objeto de investigação não é constituído pelas pessoas e sim pela situação social e pelos problemas de diferentes naturezas encontrados nesta situação;

d) O objetivo da pesquisa-ação consiste em resolver ou, pelo menos, em esclarecer os problemas da situação observada;

e) Há, durante o processo, um acompanhamento das decisões, das ações e de toda a atividade intencional dos atores da situação;

f) A pesquisa não se limita a uma forma de ação (risco de ativismo): pretende-se aumentar o conhecimento dos pesquisadores e o conhecimento ou “nível de consciência” das pessoas e grupos considerados (THIOLLENT, 2007, p. 19).

Para a aplicabilidade das ações intervencionistas desenvolvidas junto aos alunos do ensino médio do Colégio Professor Ferraz, a pesquisa-ação foi um método que nos possibilitou aderir às mudanças ocorridas no desenvolvimento do projeto e nos permitiu acrescentar ideias e ações que melhoraram os resultados esperados. Percebemos que:

[...] na pesquisa-ação existem objetivos práticos de natureza bastante imediata: propor soluções quando for possível e acompanhar ações correspondentes, ou, pelo menos, fazer progredir a consciência dos participantes no que diz respeito à existência de soluções e de obstáculos (THIOLLEMT, 2007, p. 22).

Este foi um dos principais desafios, encontrarmos soluções diante dos obstáculos surgidos na aplicação das ações planejadas. Durante a realização desta intervenção foram realizadas as seguintes etapas:

a) Foi efetuado um detalhado levantamento bibliográfico com o objetivo de buscar informações sobre o MNAFTO, cultura, patrimônio e metodologias, em especial a Educação Patrimonial e a sua aplicabilidade no caso estudado.

b) Foram realizadas aulas com temas específicos para os alunos do ensino médio do Colégio Professor Ferraz com o intuito de informar e conscientizar os mesmos sobre a importância de conhecer e preservar o MNAFTO.

c) Criou-se uma técnica de reconstituição dos fósseis, ou seja, réplicas produzidas a partir dos fósseis originais, sem danificar os mesmos, empregando para isso o uso de materiais específicos como espumas florais , resina epóxi e água. Os procedimentos utilizados para produzir as réplicas seguiram os seguintes procedimentos: o 1° passo consiste em separar os materiais, água, espuma floral, resina epóxi e o fóssil escolhido. O 2° e 3° passo incide em fixar o fóssil na espuma até que as marcas do mesmo apareçam com clareza.  No 4° passo, mistura-se a resina epóxi até ficar com uma densidade e coloração homogênea. O 5° passo é umedecer com água a espuma floral para que a mesma possa receber a resina com melhor aderência. O 6° passo ocorre com a fixação da massa epóxi nas marcas do fóssil deixada na espuma já umedecida com água. Após o termino da 6° etapa, deixar a resina enrijecer por aproximadamente 3 horas antes de passar para as fases seguintes. O 7° e 8° passo refere-se à retirada cautelosa da massa epóxi da espuma desde que a mesma esteja de fato endurecida. O 9° e último passo consiste em molhar a réplica retirada da espuma e limpá-la com pincel até ficar sem resíduo esponjoso na mesma.

Também conhecida como espuma fenólica, “a espuma floral foi especialmente desenvolvida para atender às necessidades dos floristas. Além de proporcionar sustentação para os elementos do arranjo, fornece água para flores e folhas, ao ser previamente umedecido”.

“O produto é constituído de duas bisnagas de massa, normalmente uma cinza e uma branca, que na embalagem estão isoladas uma da outra. O método de aplicação do produto é bem simples. Primeiro misturamos uma porção da massa branca com a cinza, tentando homogeneizar o máximo possível, e depois a aplicamos no local que devemos colar, seja uma superfície de madeira, cerâmica, plástico etc, e esperamos”.

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Imagem 2 – Métodos utilizados para criar réplicas a partir dos fósseis originais. Intervenção. As réplicas dos fósseis da maior floresta petrificada do mundo e os seus desdobramentos no processo de ensino e aprendizagem em educação patrimonial.
Foto: Evandro Silva Carvalho

d) Explicamos aos alunos o passo a passo das técnicas utilizadas para a criação das réplicas dos fósseis, e envolvemos os mesmos a também reproduzirem estes procedimentos. 

e) Levamos os alunos ao campo MNAFTO para conhecerem a floresta fossilizada e para que os mesmos pudessem reproduzir os primeiros passos das técnicas a partir dos fósseis que eles optaram importantes para reconstituí-los.

f) Terminamos as réplicas na escola e envolvemos a comunidade escolar ao objetivo do projeto, informar e sensibilizar o maior número de pessoas quanto à importância e a necessidade de conhecer, e preservar o MNAFTO.

g) Analisamos e pesquisamos os fósseis em campo e comparamos com os levantamentos bibliográficos já realizados e “recriamos”, na medida do possível, uma representação artística da paisagem do período Permiano.

 2.4. PROCEDIMENTOS

2.4.1. Cronograma

As etapas do projeto de intervenção seguiram os seguintes passos: apresentamos o projeto para os responsáveis das unidades escolares escolhidas, levamos os alunos do ensino médio do Colégio Professor Ferraz a uma visita e estudo ao campo, produzimos estudos e análises sobre o que foi observado no monumento e criamos representações, réplicas de fósseis e pinturas representando as paisagens do Monumento. Expomos as réplicas e as representações na unidade escolar, desenvolvemos palestras apresentando os resultados destas intervenções e divulgamos o MNAFTO como patrimônio pertencente à cultura regional.

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2.4.2. Recursos Humanos, Materiais e Financeiros

Para a realização deste projeto de intervenção precisamos de recursos humanos desde o planejamento até a execução do mesmo. Destacam-se como recursos humanos os alunos do ensino médio do Colégio Professor Ferraz. O objetivo maior foi levá-los ao MNAFTO, desenvolver aula em campo e, após os resultados da visitação e estudos na UC, elaborar réplicas dos fósseis existentes no Monumento.

A comunidade escolar, professores, coordenadores e secretarias do Colégio Professor Ferraz trabalharam de forma conjunta e interdisciplinar no planejamento e acompanhamento das etapas do projeto, incentivando e apoiando a participação do corpo decente e discente em suas respectivas contribuições teóricas e pedagógicas.

Na UC, MNAFTO, contamos com a contribuição da equipe responsável pelo Monumento, que nos apoiou com apresentações, palestras sobre a UC e com o auxílio de um guia que conduziu os alunos e equipe pedagógica à visitação de campo. No que diz respeito ao apoio burocrático na elaboração do projeto, permissões, adequações legais e estruturais, procuramos a colaboração do NATURATINS, órgão responsável pela administração e manutenção do MNAFTO.

Contamos também com o apoio de uma família de moradores da região de Bielândia, distrito que fica no interior da UC, que se responsabilizou pela elaboração e distribuição de almoço para os envolvidos na aula em campo. Por último, porém não menos importante que os demais recursos humanos, contamos com o apoio da comunidade da Escola Estadual Professor João Alves Batista, na colaboração para a apresentação de palestras referente ao MNAFTO.

2.4.3. Intervenção – Ações Desenvolvidas

As ações desenvolvidas do decorrer do projeto seguiram as etapas cujas imagens a seguir (ver DVD que acompanha esta publicação) nos ajudaram a melhor entender o passo a passo dos procedimentos adotados.

1º) Aula expositiva apresentando o MNAFTO e os procedimentos utilizados para criar as réplicas dos fósseis a partir dos originais aos alunos.

Imagem 3 – Apresentando técnicas de réplicas de fósseis. Intervenção. O permiano de as réplicas dos fósseis da maior floresta petrificada do mundo e os seus desdobramentos no processo de ensino e aprendizagem em educação patrimonial.
Foto: Evandro Silva Carvalho

2°) Alunos visitando o polo administrativo do MNAFTO em Bielândia (TO).

Imagem 4 – Alunos visitando o polo administrativo do MNAFTO. Intervenção. As réplicas dos fósseis da maior floresta petrificada do mundo e os seus desdobramentos no processo de ensino e aprendizagem em educação patrimonial.
Foto: Evandro Silva Carvalho

3°) Alunos assistindo a uma palestra ministrada por um dos administradores do MNAFTO apresentando o contexto do Monumento Natural.

Imagem 5 – Palestra sobre o MNAFTO. Intervenção. As réplicas dos fósseis da maior floresta petrificada do mundo e os seus desdobramentos no processo de ensino e aprendizagem em educação patrimonial.
Foto: Evandro Silva Carvalho

4º) Aula em campo para o reconhecimento do Monumento Natural e a sua conjuntura paleontológica.

Imagem 6 – Apresentando o afloramento de fósseis. Intervenção. As réplicas dos fósseis da maior floresta petrificada do mundo e os seus desdobramentos no processo de ensino e aprendizagem em educação patrimonial.
Foto: Evandro Silva Carvalho

5°) Observação dos afloramentos fósseis do período Permiano, 250 e 295 milhões de anos.

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Imagem 7 – Observação dos fósseis aflorados. Intervenção. As réplicas dos fósseis da maior floresta petrificada do mundo e os seus desdobramentos no processo de ensino e aprendizagem em educação patrimonial.
Foto: Evandro Silva Carvalho

6°) Observando uma samambaia de aproximadamente 5 metros de comprimento,  praticamente inteira e em processo de afloramento.

Imagem 8 – Fóssil de samambaia em afloramento. Intervenção. As réplicas dos fósseis da maior floresta petrificada do mundo e os seus desdobramentos no processo de ensino e aprendizagem em educação patrimonial.
Foto: Evandro Silva Carvalho

7°) Alunos escolhendo os fósseis para aplicarem os primeiros procedimentos das técnicas de reproduções das réplicas, sem danificar o fóssil original.

Imagem 09 – Escolhendo os fósseis para criar as réplicas. Intervenção. As réplicas dos fósseis da maior floresta petrificada do mundo e os seus desdobramentos no processo de ensino e aprendizagem em educação patrimonial.
Foto: Evandro Silva Carvalho

8°) Aluno executando em campo algumas etapas do procedimento de reconstituição dos fósseis, fixando-o na espuma até que as marcas do mesmo apareçam com clareza.

Imagem 10 – Fixando o fóssil na espuma floral. Intervenção. As réplicas dos fósseis da maior floresta petrificada do mundo e os seus desdobramentos no processo de ensino e aprendizagem em educação patrimonial.
Foto: Evandro Silva Carvalho

9°) Alunos em campo aplicando as técnicas reconstituições dos fósseis a partir dos originais escolhidos por eles.

Imagem 11 – Execução da técnica a partir do fóssil escolhido. Intervenção. As réplicas dos fósseis da maior floresta petrificada do mundo e os seus desdobramentos no processo de ensino e aprendizagem em educação patrimonial.
Foto: Evandro Silva Carvalho

10°) Alunos dando continuidade ao processo de reconstituição dos fósseis iniciados em campo e terminado no ambiente escolar.

Imagem 12 –Reproduzindo os fósseis na escola. Intervenção. As réplicas dos fósseis da maior floresta petrificada do mundo e os seus desdobramentos no processo de ensino e aprendizagem em educação patrimonial.
Foto: Evandro Silva Carvalho

11°) Desenvolvimento dos trabalhos em conjunto, envolvendo os alunos do ensino médio, professores e orientadores pedagógicos na execução das réplicas.  

Imagem 13 – Produção coletiva e interdisciplinar das réplicas. Intervenção. As réplicas dos fósseis da maior floresta petrificada do mundo e os seus desdobramentos no processo de ensino e aprendizagem em educação patrimonial.
Foto: Evandro Silva Carvalho

12°) Envolvendo a comunidade escolar na execução dos procedimentos adotados para a reconstituição dos fósseis e influenciando os demais alunos a também se interessarem pelo tema a partir da curiosidade despertada durante a execução do projeto.

Imagem 14 – O envolvimento e a parceria da comunidade escolar. Intervenção. As réplicas dos fósseis da maior floresta petrificada do mundo e os seus desdobramentos no processo de ensino e aprendizagem em educação patrimonial.
Foto: Evandro Silva Carvalho

2.5 RESULTADOS

2.5.1 Produtos e Resultados da Intervenção

Após a realização dos procedimentos criados especificamente para reproduzir algumas réplicas dos fósseis existentes no MNATO, sem que os mesmos pudessem ser tirados da região e sem sofrer nenhuma alteração na sua estrutura, os resultados esperados superaram as expectativas iniciais.

Imagem 15 – Comparação do fóssil original com réplica do mesmo. Intervenção. As réplicas dos fósseis da maior floresta petrificada do mundo e os seus desdobramentos no processo de ensino e aprendizagem em educação patrimonial.
Foto: Evandro Silva Carvalho
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Percebe-se que os resultados obtidos foram eficazes e tornaram-se um atrativo a mais para integrar os alunos ao objetivo do projeto. Ao transformar uma aula em campo em uma experiência teórica e prática, os alunos se envolveram com o tema de forma participativa e colaborativa com sugestões e ideias aos problemas de furtos de fósseis e ao “desconhecimento” do Monumento por parte da população local e das cidades vizinhas.

Imagem 16 – Réplicas dos fósseis produzidas pelos alunos. Intervenção. As réplicas dos fósseis da maior floresta petrificada do mundo e os seus desdobramentos no processo de ensino e aprendizagem em educação patrimonial. Foto: Evandro Silva Carvalho

Devido a fatores alheios ao nosso interesse e ao objetivo do projeto, algumas atividades previstas foram impossibilitadas de serem executadas, como, por exemplo, a criação de um site de divulgação do MNAFTO. Segundo as normativas do NATURATINS, é proibido o uso do nome do Monumento vinculado a propagandas e marketing de empresas. Nesse sentido, a burocracia existente no envolvimento do nome do Monumento poderia sair do controle devido aos fatores que envolvem a criação e manutenção de um site de divulgação.

Outra atividade prevista, que se tornou limitada durante a execução do projeto, foi à criação das representações iconográficas do período Permiano. A burocracia existente na oficialização da data de visitação do campo e a organização das documentações necessárias adiaram por demais a execução das imagens do período Permiano. A inauguração da nova sede administrativa do MNAFTO e o calendário escolar nos impossibilitou de realizar as pinturas antes do fim do semestre. Foram produzidas as primeiras etapas da criação das imagens, porém, devido ao término do semestre letivo, ficamos impossibilitados de finalizar a mesma.

Imagem 17 – CARVALHO, Evandro Silva. Alunos produzindo as representações. Intervenção. As réplicas dos fósseis da maior floresta petrificada do mundo e os seus desdobramentos no processo de ensino e aprendizagem em educação patrimonial.
Foto: Evandro Silva Carvalho

As palestras que seriam apresentadas aos alunos de Escola Estadual Professor João Alves Batista também foram adiadas, devido à greve dos professores. Cabe ressaltar que, mesmo diante das barreiras enfrentadas na realização das ações, nós tivemos ótimos resultados. Conseguimos envolver não só os alunos do ensino médio, mas, também, os demais discentes, professores, coordenadores e outras pessoas que, por intermédio das ações, passaram a conhecer e valorizar o MNAFTO como parte importante da cultura da região. 

3. CONCLUSÕES

3.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao envolver a comunidade escolar na realização dos trabalhos em campo e artísticos desenvolvidos na escola percebemos que estes procedimentos foram eficazes para o reconhecimento do MNAFTO como patrimônio pertencente à cultura da região. Levamos a comunidade escolar a compreender a necessidade de divulgar o MNAFTO como um patrimônio importante para a nossa cultura e que o mesmo precisa de atenção e cuidados para que o extravio ilegal dos fósseis diminua na medida em que a população passe a conhecê-lo como um bem a ser preservado.

Com as ações deste projeto contribuímos para sensibilizar alunos quanto ao fato de termos a maior floresta fossilizada do período Permiano do mundo e que, a mesma, apesar de ser “protegida”, ainda padece com furtos ilegais de fósseis ainda existentes na região. Nesse sentido, à medida que os alunos e comunidade escolar se envolviam em conhecer o MNAFTO e a produzirem as réplicas dos fósseis lá existentes, passaram a entender a importância do Monumento para a formação da nossa identidade sociocultural e patrimonial, assim como entenderam a necessidade de divulgar o MNAFTO e as suas potencialidades científicas, ecoturísticas e culturais.

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Percebemos que esta intervenção em Educação Patrimonial enfatizou a real necessidade de proteger essa Unidade de Conservação e que a contribuição de todos os envolvidos no projeto ampliou o trabalho de sensibilização iniciado pelos alunos. Desta forma, transformamos as réplicas dos fósseis em resultados de ações multiplicadoras e divulgadoras da importância de conhecer, preservar e cuidar do nosso patrimônio.  

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